Na compra de um imóvel, fique atento aos gastos com documentação!


Custo de transferir imóvel pode chegar a 5% do seu valor; boa parte está relacionada ao ITBI, que não pode ser evitado

Após muito esforço, você finalmente encontrou o imóvel que estava procurando. Ele tem o tamanho ideal para acomodar você e sua esposa e, em breve, quem sabe, dá até para pensar em uma expansão da família. O preço está mais ou menos em linha com o que você planejava gastar e, com um pouco de esforço, dá até para comprar alguns móveis novos.

Mas, não é que bem no dia da conclusão do negócio, você foi informado de que teria que arcar com gastos adicionais referentes à documentação do imóvel? E, ao contrário do que imaginava, os gastos são bastante elevados. Já pensou saber um dia antes da assinatura da escritura que terá que arcar com gastos extras, que podem chegar a 5% do valor do imóvel que está comprando?

Transferir posse custa

Antes de reclamar e acusar o corretor ou o cartório de prática abusiva, vale ressaltar que a compra de um imóvel implica na transferência de propriedade, e que, nestes casos, você está sujeito a um recolhimento de imposto: o ITBI.

Também conhecido como Imposto sobre Transmissão de Bens Imóveis, o referido imposto é de competência municipal e, por isso mesmo, tem legislação própria para cada um deles. Em São Paulo, por exemplo, a alíquota para imóveis que não estão sendo transferidos no âmbito do SFH, é fixa em 2%.

Esta também é a alíquota aplicada no Rio de Janeiro. Mas em Belo Horizonte, por exemplo, a alíquota é maior, de 2,5%. Assim, é preciso se informar sobre qual a alíquota aplicada na sua cidade e incluir estes números no cálculo do custo do imóvel. E aqui não adianta reclamar, pois o ITBI é recolhido na transferência de posse de qualquer imóvel.

Nada de contratos de gaveta

Se você está pensando em uma forma de burlar o pagamento, desista: não vale a pena o risco! Neste caso, a única alternativa seria assinar um "contrato de gaveta" com o vendedor, que permite evitar a transferência da posse do imóvel.

Porém, isso não é aconselhável, pois da mesma forma como nos contratos de gaveta de financiamentos imobiliários, os riscos envolvidos são altos. Sem a transferência de posse, não é possível, por exemplo, transferir a responsabilidade pelo pagamento dos impostos e taxas referentes ao imóvel. Neste caso quem corre risco é o vendedor, que pode ter seu nome sujo na praça se o novo proprietário não arcar com esses gastos.

Por outro lado, o comprador também se arrisca, pois o vendedor pode enfrentar problemas financeiros graves, e o imóvel que você pagou, mas do qual não tem posse legal, pode ir a leilão para quitar as dívidas do vendedor. Caso o vendedor não tenha outros bens que possam ser penhorados no lugar do imóvel, a situação do comprador fica bastante delicada, pois ele pode acabar perdendo o imóvel pelo qual pagou.

Sinal só depois da papelada em ordem

Nos negócios de compra e venda de imóveis, é bastante comum se assinar um instrumento particular de compra. Uma vez assinado este documento, o comprador em geral dá um sinal, de cerca 20% do valor do imóvel que está a venda, como forma de garantia.

Como era de se esperar, não é recomendável assinar ou efetuar o pagamento deste depósito, antes de ter certeza de que tanto a documentação do imóvel quanto a do vendedor estão corretas. Dentre os cuidados a serem tomados, é importante que o comprador se assegure de que o vendedor está em dia com o pagamento de impostos (ex. IPTU), taxas (ex. taxa de lixo) e outras despesas (ex. água, luz, condomínio).

Também é preciso cuidado, por exemplo, com imóveis que foram doados em herança, ou que são alvo de partilha de bens entre casais. Neste caso, a venda pode estar bloqueada até a conclusão do inventário ou da partilha dos bens.

Quem está vendendo o imóvel?

Mas não é apenas a documentação do imóvel que pode estar irregular. Assim sendo, o vendedor também precisa ser capaz de apresentar a escritura do imóvel em seu nome, ou seja, ele precisa provar que pode efetivamente vender o imóvel do qual afirma ser proprietário.

Além da escritura, é importante que o vendedor apresente todas as certidões necessárias, de forma a comprovar que está em dia com o Fisco, com a Justiça Trabalhista, e que não tem o seu nome protestado em nenhum cartório. Este procedimento protege o comprador da possibilidade do imóvel ser penhorado para quitação de alguma disputa judicial envolvendo o vendedor.

Porém, aqui é preciso cautela, para não agir de maneira precipitada! Antes de acusar alguém de ter o nome sujo na praça, verifique a possibilidade de se tratar de um homônimo. A melhor forma de evitar equívocos desagradáveis que podem acabar comprometendo o negócio é pedir anotação. Ou seja, além de averiguar possíveis protestos contra o vendedor, você deve conferir o RG e o CPF de quem está sendo protestado para possíveis erros.

Finalmente, se sua intenção é financiar o imóvel, não se esqueça de, ao final do pagamento do empréstimo, regularizar a documentação. Para tanto, entre com pedido junto ao banco de uma certidão de quitação do débito. Com este documento em mãos, dirija-se a um cartório de imóveis e peça o cancelamento da hipoteca. Aqui vale ressaltar que não há necessidade de se lavrar uma nova escritura.

Fonte: SINESCONTABIL/MG



Como escolher seu Imóvel


Escolher um local para morar é o ponto de partida para a procura de um imóvel. A região escolhida deve atender as suas necessidades e as da sua família. Analise o tempo que vai demorar para chegar ao trabalho, se existem serviços como supermercados e padarias, aonde é possível ir caminhando. Fique atento aos meios de transporte público que serão utilizados por você, seus filhos e/ou por empregados da casa. Algumas localidades são excelentes, com parques, shopping centers, colégios e clubes, porém é necessário usar o carro para chegar a qualquer um desses lugares. Não pense só em quem dirige!

Dê preferência a uma região já estabilizada para não ter surpresas posteriores. Algumas áreas estão em transição e empresários aproveitam para instalar bares e casas noturnas, que são bastante indesejadas pelos moradores. Durante a noite, essas áreas costumam atrair muitos jovens e as ruas ficam lotadas de automóveis. Lembre-se que eventualmente amigos que forem visitá-lo encontrarão dificuldades para achar uma vaga.

Além disso, pesquise para ver se obras pesadas irão ocorrer nas redondezas. Muita gente comprou imóveis em regiões tranquilas, mas que de repente se tornaram caóticas em função da construção de novas avenidas, pontes, túneis, shopping centers. Assim, tome cuidado com localidades que prometem um rápido desenvolvimento.

Imóvel usado Imóvel na planta Custos devem caber no seu bolso

Dicas de como escolher

Antes de iniciar a busca pelo seu imóvel vale a pena conferir as dicas abaixo:

Visite o imóvel mais de uma vez, em vários horários e dias, para ter uma ideia de como é a região. Converse com outros moradores do bairro, ou do prédio, para uma opinião sobre a localização e estado de conservação da propriedade;
Convide um engenheiro ou arquiteto amigo para avaliar o estado de conservação do imóvel e do prédio, no caso de apartamentos, muitas vezes ao materiais usados na construção não são bons e, apesar de novo, o imóvel vai acabar exigindo muita manutenção;
Pesquise na Prefeitura para checar se estão previstas mudanças na lei de zoneamento que possam afetar o imóvel;
Se a intenção é viver de aluguel, tente estime o valor do aluguel com base no aluguel de outros imóveis da região, infra-estrutura de transporte e serviços na região, vagas de garagem, no caso de edifícios, a existência de gerador ou ar-condicionado central, custos de manutenção, como IPTU e condomínio.
Imóvel usado pode ser uma opção mais barata
Muita gente foge de imóveis usados, acreditando que eles podem apresentar problemas ao longo do tempo. Isso em parte é verdade. Todo imóvel requer manutenção, como pintura, reformas de banheiros e cozinha. Mas lembre-se que os imóveis usados são ligeiramente mais baratos que os novos, e com a diferença de preço é possível reformá-lo e deixá-lo com a sua cara. Certamente você não vai querer comprar um apartamento novinho para quebrá-lo para deixa-lo de acordo com seus gostos.

No caso de apartamentos em prédios mais antigos, as chances de aparecerem gastos para reformas do condomínio são grandes. Um elevador que precisa ser reformado, infiltrações na garagem, re-decoração do hall de entrada e mudanças no paisagismo são gastos extras, que por outro lado, valorizam o seu apartamento. Antes de fechar negócio converse com o síndico ou administradora para analisar a situação financeira do condomínio. Muitos prédios são mal administrados e, dessa forma, podem ter furos de caixa ou valores de condomínio muito altos.

Com relação aos imóveis ocupados, todo cuidado é pouco. Se quem estiver ocupando o imóvel for o proprietário, a situação é menos problemática. Uma dica para fazer com que ele não demore para sair do imóvel é deixar de pagar uma parcela do saldo, mas exija que a escritura já tenha sido passada para seu nome se ele disser que pretende sair em um mês, por exemplo. Não confie em ninguém, por mais amistoso que o vendedor possa parecer. No mundo dos negócios não existe amizade e nem promessas. Existem casos de famílias que compraram à vista uma casa, mas esperaram seis meses para poder mudar.

Imóvel na planta pode ser arriscado

O principal risco de comprar um imóvel na planta é a quebra da construtora. Ninguém quer ver as economias de anos de trabalho irem por água baixo. Desse modo, a recomendação é procurar empresas com tradição no mercado e solidez, e livres de reclamações no Procon. Outro perigo é o preço da obra variar muito durante a construção. Isso é mais comum com as obras "a preço de custo" do que aquelas "por empreitada". A melhor dica, que vale para qualquer negócio, é a contratação de um bom advogado. Tenha total confiança nesse profissional, já que você estará entregando seu futuro em suas mãos.

Custos devem caber no seu bolso

A maioria das pessoas não possui um saldo bancário suficiente para comprar uma casa à vista, e dessa forma são obrigadas a financiar boa parte do valor do imóvel. Neste sentido, a recomendação é que você nunca comprometa mais de 25% de seu orçamento com as prestações do financiamento. Se a sua família já está definida e você decidiu comprar um apartamento que atenda a suas necessidades nos próximos 10 anos, o próximo passo é definir um valor que caiba dentro do seu orçamento.

Antes de sair à procura de um imóvel, é preciso primeiro estipular um intervalo de valores compatíveis com seu bolso. Após ter decidido sobre um valor, será necessário saber quanto você poderá dar de entrada para o financiamento bancário. Se as prestações ultrapassarem os 25% de sua renda familiar, você terá duas opções: comprar um imóvel mais barato ou esperar algum tempo até que a parcela da entrada seja maior.

Muitas vezes ficamos deslumbrados ao pesquisar imóveis junto com corretores, que sempre oferecem oportunidades acima de nosso orçamento. Algumas delas ultrapassam apenas 20% ou 30% de valor estipulado e acreditamos que essa diferença não trará um grande impacto para nossas finanças. Mas trará. Acabaremos aumentando o valor financiado e "engessando" nossa flexibilidade financeira. Lembre-se que a casa própria não é a única prioridade na vida de uma família. Seus filhos chegarão à época da faculdade e nesse momento você deverá ter economizado o suficiente para bancá-los, por exemplo.




Como Usar Tapetes em Casa


Quem gosta de tapetes vai gostar de saber que existem algumas regras básicas para usá-los da melhor maneira possível. São dicas relacionadas ao tamanho em cada ambiente e também ao ambiente, sem esquecer das tendências.

O tapete não pode ser considerado um simples acessório, pois não é bem assim. Segundo os decoradores, ele vai muito além, de dar personalidade e conforto ao ambiente, ainda tem o poder de “aumentar” ou “diminuir”. Isso acontece, porque os tapetes fazem um papel de delimitador de espaço.

As estampas geométricas, por exemplo, são uma tendência em alta, no momento. Mesmo assim, não pense que você não pode usar uma estampa de florais, orientais clássicos, de listras ou de outra forma. A tendência serve sim, mas se você prefere outro tipo, não tem problema, respeite a sua personalidade.

Dicas Para Escolher os Tapetes

A primeira dica dos decoradores para quem está fazendo uma escolha por um produto mais caro é esquecer a estampa. Neste caso, segundo eles, é melhor optar por um tapete de cor lisa, pois as estampas em algum momento, acabam cansando, se for da moda, pior ainda.

O bom mesmo é ter mais de um tapete para mudar de vez em quando, quando estiver cansado daquela estampa ou cor.

Outra dica, falando sobre o uso de mais de um tapete na casa é que eles não devem ser iguais, na verdade, não devem ser nem menos parecidos. Dá para brincar com cores, estampas, materiais e até mesmo nos mais diversos estilos.

Porém, você pode sim misturar e abusar, mas tem um segredo para que dê tudo certo e não fique uma grande confusão. Apesar das diferenças entre os tapetes, eles devem ter algo em comum, pode ser a cor, pode ser o tipo de estampa, pode ser o estilo.

Uma outra maneira de acertar na mistura de tapetes é escolhendo um deles de cor forte, marcante, ou estampado e combiná-lo com outros que devem ser de tonalidades neutras.

Uma super dica é fazer sobreposição, um tapete de cor lisa e sobre ele um colorido, de formas diferentes, fica ainda mais legal. Solte a sua criatividade!

Dica extra: se você tem animal em casa é melhor escolher tapetes feitos em poliéster, pois duram mais mesmo sendo lavados várias vezes, pois será necessário.

Mais Dicas de Tamanhos, Materiais e Posicionamentos

O melhor e maior tapete você separa para usar no lugar maior da casa.
Nesse espaço, digamos especial, prefira colocar tapetes em materiais nobres. Dicas: algodão, lã e seda. As fibras de vegetais também são uma boa opção para o tapete principal.

Porém, na hora de escolher o tipo de material do tapete leve em consideração também o fluxo de pessoas que passa pelo ambiente. Caso seja um lugar de muito vai e vem é necessário escolher materiais mais resistentes, caso não seja o caso, não será um requisito para a escolha. No caso de tapetes de seda, só devem ser usados em lugares que em raros casos você recebe uma visita.

Os tapetes grandes que dão para você colocar todos os móveis do ambiente sobre eles, são indicados porque dão a sensação de que o ambiente é maior.

Os tapetes menores são mais indicados no centro da sala ou embaixo de um pequeno móvel no canto.

A dica é não exagerar no tamanho do tapete para que não fique parecendo um carpete. Quando ele é grande demais, acaba que a peça perde a graça no ambiente.

Como Usar Tapetes em Casa: Em Cada Cômodo

1- Sala de jantar:

Primeiro você precisa saber quais são as funções do tapete nesse ambiente:

O tapete na sala de jantar deve criar uma moldura para a mesa de jantar, ajudando a movimentar as cadeiras. Então, na hora de escolher observe que ele precisa ter um tamanho que não ultrapasse o tampo da mesa e que dê para colocar as cadeiras de forma que os pés não fiquem de fora.
Quando a sala de jantar é integrada a sala de estar não é necessário combinar os tapetes.

2- Home Theater:

O material, segundo os decoradores, é o detalhe mais importante desse ambiente que deve ser levado em conta. Considere os seguintes detalhes:
A altura dos fios tem que ficar entre 10 e 15 centímetros e é mais aconselhado pelo ir e vir do ambiente, a escolha de tapetes com material sintético.

O ideal, falando de tamanho, é que o tapete se encaixe sob o sofá é uma forma de criar unidade ao lugar.

Mas, não esqueça, que é necessário ficar uma parte para circulação, o tapete não deve ocupar todos os espaços. Assim, que está de sapatos pode evitá-lo.

 3- Quarto:

Para garantir um ambiente aconchegante a dica é escolher a melhor textura, como fios de seda ou nylon. De preferência com fios de 30 centímetros.

Os tapetes nas laterais devem ter como largura 70 centímetros.

No closet, onde normalmente, se anda descalço, a opção pode ser por um modelo mais delicado. Não precisa deixar espaços nas laterais.

4- Banheiro:

Nesse ambiente o ideal são tapetes que sejam laváveis e sintéticos.
A forma ideal do tapete é de acordo com o tamanho do ambiente.
Escolha uma peça única que ocupe toda a área do piso do banheiro.
Os tapetes na frente do vaso sanitário não são mais usados.

5- Cozinha:

A primeira função de um tapete na cozinha é evitar escorregões e para dar mais graça ao ambiente, em segundo lugar.

O formato desse tapete deve ser estilo passadeira e o comprimento deve ficar entre a pia e o fogão, não além disso.

Sobre materiais, deve ser um tapete lavável e sintético.

6- Nas varandas e nos terraços

Considere qualquer tapete desde que ele não tenha pelos.

Aposte em modelos com tramas rústicas. Os feitos em fibras naturais é uma boa opção, sem falar que tem tudo a ver com a área externa da casa.
Porém, os materiais de fibras naturais não são indicados para famílias que tem animais domésticos. Neste caso, os em tecidos sintéticos são os mais indicados, como aqueles que são colocados em barcos, por exemplo.


Fonte: Cultura Mix
Imagens somente ilustrativas 






Alterações na lei e orçamento, mudam perfil e síndicos passam a estudar mais



Há alguns anos, a figura do síndico era muito conhecida como um morador mais antigo, talvez aposentado, que cuidava das reformas e que organizava os horários dos porteiros e zeladores. Que podia até ser meio ranzinza e volta e meia se desentendia com os moradores. Hoje este perfil mudou, e bastante.

Além de quase sempre assumir um papel de conciliador entre os condôminos, o síndico de hoje passa a se comunicar melhor com seus vizinhos e busca a profissionalização. A mudança deste perfil é resultado de um apanhado de novas exigências legais, fiscais e tributárias que foram surgindo nos últimos anos.

Com isso, viu-se a necessidade de aprimorar o tino administrativo. Alguns até mesmo focam na gestão como carreira e se tornam síndicos profissionais.

- Antes, os síndicos tinham que cuidar apenas do FGTS e do INSS dos funcionários do condomínio. Agora, eles têm que gerenciar os impostos, fornecedores e questões administrativas mais dinâmicas que não tinham antes. Por exemplo, as leis que vão sendo criadas e que exigem adaptação, como a obrigatoriedade de rampas de acesso nos residenciais - explica Ronaldo Coelho Netto, vice-presidente administrativo do Sindicato da Habitação (Secovi Rio).

- Acontece também que antes os condomínios não eram vistos com um grande peso tributário. Eram apenas residências, então, a administração não era tão complexa. Hoje, porém, diante de tantas exigências imputadas, os residenciais passaram a ser vistos como empresas e, com isso, as demandas e situações que não existiam, como um sindico ter que responder criminalmente por alguma tragédia, passam a ocorrer.

- O síndico está mais demandado e isso o levou a buscar mais conhecimento para lidar bem com tais mudanças - acrescenta a presidente da Associação Brasileira de Administradoras de Imóveis (Abadi), Deborah Mendonça.

CURSOS PARA PROBLEMAS

Diante destas mudanças, passa a surgir então e necessidade de aumentar a instrução, logo, os cursos voltados para síndicos vão se popularizando. São bem diversificados e podem durar um dia ou até três meses. Quase sempre são encontros semanais.

Segundo Coelho, a maior procura é para assuntos sobre gestão condominial e problemas em assembleias. Um problema, diga-se, comum em condomínios. Ele explica que os temas vão surgindo a partir das demandas do próprio público-alvo.

Por exemplo, cita, quando a autovistoria foi decretada e muitos queriam entender como funcionaria. Tanto o Secovi Rio quanto a Abadi oferecem cursos para síndicos. A administradora Apsa não tem curso específico, mas oferece a ClPA (comissão interna de prevenção de acidentes), um treinamento anual e obrigatório para condomínios com mais de 50 funcionários.

- Para os síndicos, há um manual que o ajuda a entender toda a dinâmica de um residencial, conta Valnei Ribeiro, gerente geral da Apsa. Segundo ele, a questão orçamentária é a mais difícil de lidar:

- Quando vem uma decisão de fora que afeta os moradores, como o aumento da luz este ano, todos se mostram compreensivos. O problema é na hora de dizer quanto a conta vai ficar para cada um. - conta Ribeiro, destacando que a gestão de pessoas também é uma habilidade importante a ser desenvolvida pelos síndicos.

ORGANIZAÇÃO E FIM DA INADIMPLENCIA

Se você nunca fez parte de uma confusão dentro de um condomínio, já deve ter ouvido alguma história. Afinal, são várias pessoas diferentes dividindo o mesmo espaço. Mas há casos em que o resultao é positivo. É o que acontece com o síndico Carlos Soaino, que há 14 anos é responsável por um residencial de 25 blocos, que totalizam 400 apartamentos, em Campo Grande.

Durante este período, revitalizou e reformou toda a área comum. Implementou uma biblioteca, quadra de esportes e parquinho com viveiro, além de investir na diversidade de árvores e plantas na floresta adjacente. Os resultados da sua gestão o levaram a ganhar dois prêmios. O segredo, segundo ele?

- Priorizar a manutenção estrutural, organização, briga na justiça para receber de inadimplentes e planejamento.

E das gestões que deram certo, há duas vertentes que surgiram a partir desse novo perfil. Um dos resultados nesse efeito dominó é que até mesmo os residenciais ainda na planta aderem cada vez mais a profissionalização na administração de condomínios.

João Paulo Matos, presidente da Ademi-RJ, explica que desde que os condomínios estilo clube começaram a ganhar espaço, o perfil administrativo também mudou. Por serem residenciais mais complexos e com uma área comum ampla, a carência de coordenar tais áreas se faz necessária desde o início da obra.

A outra mudança é que síndicos não apenas se profissionalizam como transformam a tarefa de gerenciar condomínios em carreira. Ribeiro conta que tem se tomado cada vez mais comum, de dois anos para cá, os síndicos profissionais.

São pessoas que, geralmente, tiveram uma boa gestão onde moravam e depois foram convidados para atuar em condomínios onde não moram, diz o gerente regional da Apsa, que tem mais de 200 contratados para atuar em residenciais no Rio.

(O Globo)

Fonte: SECOVIRIO